Category Archives: Filmes

Silence is the loudest scream: We Are Still Here – Review

Oi pessoal, tem uma coisa que sempre acontece comigo: eu começo a assistir um filme e por algum motivo pauso ou paro de assistir e depois esqueço de continuar ou vou deixando de lado e nunca mais.
Ontem tava procurando filmes para assistir e lembrei de We are Still Here. Mais um filme que comecei e não terminei. Resolvi terminar e fiquei frustrada por não ter feito antes. Para os amantes dos filmes italianos como eu, esse filme é um prato cheio. Apesar de não ser italiano, é quase uma homenagem ao Fulci, em The House by the Cemetery.

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Dirigido por Ted Geoghegan, é um thriller meio retrô de casa amaldiçoada, mas com uma pitada a mais de violência e sangue. A história do filme é clichê: uma família lida com a perda do filho e o período de aceitação do casal, (Andrew Sensenig e Barbara Crampton, conhecida por ter feito o clássico Re-animator) que acabou de se mudar para uma casa nova com o intuito de um novo começo. O filme tem uma atmosfera de filmes de terror mais antigos, mas com uma vibe bem mais violenta (que é o que mais o diferencia).

Qualquer amante de filme de terror sabe que quando o filme começa com os personagens se mudando para uma nova casa, nada de bom pode ser esperado. A gente já sabe que o protagonista é a casa. Ou o que está nela.

Beijos.

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Starry Eyes – Review


Oi, pessoal.

Ontem postei um pequeno trecho de um filme no Twitter e disse que se fosse bom eu recomendaria aqui no Blog.

O filme se chama Starry Eyes (2014) e conta a história de Sarah, uma atriz que, como muitas tem o sonho de ser famosa e vive uma vida cercada de pessoas que ela não se identifica, trabalhando infeliz numa lanchonete para se manter enquanto esperançosamente busca ser chamada para um papel importante num filme.

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Starry Eyes, que está disponível na Netflix, é um terror que une dois extremos em um filme: começando por um conflito psicológico e posteriormente englobando uma estética gore. O que mais chama a atenção no filme, além da mudança física e psicológica da personagem central, é o mix de referências que é possível identificar. Ele nos remete de relance à Cidade dos Sonhos, de David Lynch, principalmente pela relação misteriosa e sutilmente simbólica entre os personagens (protagonista, a direção de atores, produtor), nos lembrando de O Bebê de Rosemary do Polanski nas cenas finais, com uma pegada mais visceral e sangrenta. Sem sombra de dúvidas o mais interessante do filme é como ele vai de um extremo a outro, atingindo tanto diretamente da atuação da protagonista quanto pelo ritmo fílmico, narrativo e nos cortes de câmera. Num determinado momento a gente percebe que se trata de um Thriller ou no máximo um terror psicológico, até que o filme se torna muito mais pesado, sanguinolento e com referências explícitas de trash e gore. Pelo que notamos o filme é muito pouco falado e que foi até um tanto quanto ignorado, mas ao todo está longe de ser considerado um filme ruim para o que se propõe ao gênero; embora também não se aprofunde muito cinematograficamente.

O filme é dirigido por dois diretores: Dennis Widmyer e Kevin Kolsch. Algumas cenas são muito boas, ainda mais pra quem curte muito sangue (o que inicialmente a gente nem imagina que vá se desenrolar durante o filme), a atuação da atriz protagonista Alex Essoe está muito boa, principalmente pela composição do personagem que dialoga com a ideia metalinguística do roteiro, trazendo um contraste grande na postura do mesmo, e pra quem gosta da pegada de rituais satânicos dos filmes antigos é um prato cheio. Detalhe pra trilha sonora que também é ótima.

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Se assistirem comentem ou se já assistiram, também. Beijos.

Débora e Luca

Chilling Visions: 5 Senses of Fear – Qual o seu sentido mais aguçado?

Oi pessoal, ultimamente as antologias estão voltando com tudo e fim de semana assisti Chilling Visions: 5 Senses of Fear e resolvi indicar pra vocês. No meu post antigo de lista de séries eu indiquei Masters of Horror que é uma obra prima pra mim e recomendo muito. Também já recomendei ABCs of Death e V/H/S que são do mesmo estilo.

Chilling Visions: 5 Senses of Fear é composto por 5 curtas de horror dirigidos por 5 cineastas diferentes e cada um deles foca de uma forma bizarríssima em cada um de nossos sentidos. O primeiro curta “Smell” foi dirigido por Nick Everhart e conta a história de um homem aparentemente infeliz e fracassado na vida que ganha de uma mulher que aparece misteriosamente em sua casa um perfume que “atrai” sucesso. Acho que já dá pra deduzir que isso é jogar merda no ventilador, né? Na hora eu já pensei naquelas propagandas de perfumes em que a pessoa usa e do nada vira dona do mundo.

O segundo curta “See” foi dirigido por Miko Hughes e conta a história de um oftalmologista louco que rouba as memórias das pessoas através de um líquido que retira dos olhos delas. Ele consegue ver tudo que acontece com elas e o que elas fazem e pinga nos próprios olhos pra ficar drogado. Ele acaba ficando obcecado por uma paciente e tudo fica totalmente mais doentio e fora de controle.

O terceiro curta “Touch” (meu favorito) foi dirigido pela Emily Hagins e conta a história de um garoto cego que sofre um acidente de carro com os pais e precisa ir sozinho buscar ajuda no meio da floresta e acaba encontrando um serial killer. As coisas que o menino faz para sobreviver são sensacionais e foi um dos únicos que eu realmente consegui sentir de verdade a importância do sentido.

O quarto curta “Taste” dirigido por Eric England e foi um dos que eu menos gostei mas gostei mesmo assim. Conta a história de um homem que foi fazer uma entrevista de emprego sem saber exatamente sobre o que era. Quando soube não quis aceitar e descobriu da pior maneira que sua chefe era uma devoradora de homens. As cenas são muito boas. Eu quero aquela máscara.

O quinto curta e meu segundo favorito “Listen” dirigido por Jesse Holland e Andy Mitton é no estilo found footage e conta a história de dois documentaristas que estão gravando sobre uma música de piano que deixa todo mundo que a escuta totalmente insano ou morto.

Uma das coisas que mais gostei no filme é que ele serve muito como crítica social principalmente no primeiro curta que aborda o Cheiro (Smell) e no quarto que aborda o Paladar (Taste). Todos eles têm ligação entre si mas só nos últimos começa a ficar mais notável.

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Assistam e depois me contem o que acharam. Beijos.

 

Are you living in the real world? – Coherence – Review

Oi, pessoal. Hoje passei aqui pra indicar um dos melhores filmes que assisti ultimamente. É de ficção científica e explora bastante a física quântica atráves de lapsos temporais. Não posso deixar de citar filmes que exploram esse tema como Back to the Future (1985) e The Butterfly Effect (2004).

Do diretor James Ward Byrkit, Coherence (2013) conta a história de um grupo de amigos que estão em um jantar enquanto um cometa passa pela Terra. A trama me deixou muito envolvida desde o começo e me senti como se fizesse parte da história. Ele é filmado praticamente em um só espaço e explora a teoria das realidades paralelas de um jeito tão bom que eu não sei nem o que dizer. Não é preciso um conhecimento na área pra ficar completamente intrigado com o filme. Ele deixa qualquer um num estado de confusão mental fora do comum. Impossível não se questionar se você é você, se você está na realidade certa ou se as pessoas que estão perto de você são de outra realidade. Me lembrei bastante de Fringe e Twilight Zone também. O filme também explora de uma forma muito boa a experiência imaginária do gato de Schrödinger. Quem é viciado em ficção científica e adora um filme que deixa um nó no cérebro não pode perder.

Trailer aqui.

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Beijos.

 

Ich seh Ich seh (Goodnight Mommy) – Review

Oi pessoal, me indicaram esses dias esse filme e gostei bastante quando vi o trailer. Percebi que estavam fazendo muita propaganda em cima e vi que muitas pessoas se decepcionaram e eu, geralmente, quando gosto muito de um trailer acabo não gostando tanto assim do filme porque enfiaram tudo de bom ali. Então assisti achando que não ia gostar mas acabei gostando e não foi pouco.

Ich seh Ich seh (Goodnight Mommy, 2014) – Um filme de Veronika Franz e Severin Fiala, que se passa na Austria, conta a história de dois irmãos (gêmeos) e sua mãe que acaba de voltar pra casa depois de uma cirurgia e está com o rosto todo enfaixado e deformado parecendo uma múmia. Não sei vocês mas se tem algo que eu gosto além de um bom terror psicológico é um bom terror psicológico com criancinhas no meio. E melhor ainda: GÊMEAS. Quem consegue esquecer das irmãs gêmeas de The Shining? “Come play with us, Danny.”

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Devido a aparência e mudança de comportamento da mãe, Lukas e Elias começaram a duvidar se quem estava por baixo daquelas faixas era realmente a mãe deles. Além da crueldade com um dos filhos, ela removeu da casa todas as fotos do marido (ex), começou a exigir silêncio total na casa durante sua recuperação, encomendou pizza congelada pra anos pra ninguém precisar sair de casa por um bom tempo pra ir ao mercado. Eles estavam isolados. Os meninos preferiam brincar no lado de fora. Na maior parte do tempo era fazendo coisas comuns de crianças mas logo nota-se que algo não está certo. Quando a mãe finalmente retira as faixas do rosto é que tudo fica fora de controle e realmente tu comprovas que algo não estava certo mesmo. Nesse ponto tu não sabes mais do lado de quem estás. Os enquadramentos determinam bastante a compreensão da trama. A partir daí a tortura e violência são insanas até o fim do filme. Eu recomendo muito. Gostei desde o comecinho. Só não assistam achando que vai ser um horror estilo que dá medo como parece no trailer. Ele está mais para Funny Games.

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Deixem comentários. Beijos.