Category Archives: Filmes

Filmes baseados em histórias reais

Oi, pessoal. Tô passando aqui pra indicar dois filmes baseados em histórias reais que assisti recentemente: An American Crime e 3096 Days. Os dois estão disponíveis na Netflix e são bastante angustiantes.

An American Crime, protagonizado pela Ellen Page, conta a história de duas meninas que foram deixadas pelos pais aos cuidados da mãe de umas colegas da escola enquanto os pais estavam viajando a trabalho. O desenrolar da história é extremamente perturbador e revoltante. É um daqueles filmes em que a gente se pergunta como a humanidade consegue ser tão inacreditável e cruel com a sua própria espécie. Não somente pelo lado físico, mas principalmente pela pressão psicológica e traumática que o filme te faz submergir.

PS: esse filme remeteu muito a uma experiência artística incrível feita pela artista performativa Marina Abramovic que nos gera, no mínimo, uma reflexão absurda sobre o comportamento e a maldade humana. Link do vídeo: aqui. (Infelizmente só esta disponível o vídeo com legenda em inglês e áudio em inglês, ou um outro vídeo falando sobre a performance com áudio em espanhol; aqui).

 

3096 Days é um filme sobre os 3096 dias em que Natascha Kampusch ficou presa em cativeiro pelo lunático Wolfgang Přiklopil. É angustiante ver, mesmo que através de um filme ficcional, o que a menina passou. Perdendo praticamente toda a sua infância e adolescência trancafiada em um cubículo sem luz natural alguma, somente com uma entrada de ar, sem janelas, passando fome e sendo cruelmente abusada pelo seu sequestrador, principalmente de forma psicológica.

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Bite – Review

Oi pessoal,

Hoje passei aqui pra indicar um filme que quando foi lançado várias pessoas saíram da sala de cinema e vomitaram porque não aguentaram a nojeira. Nem preciso dizer que quando ouvi falar já fiquei louca pra assistir. É exatamente meu tipo de filme.

Bite (2016) – Do diretor Chad Archbald, Bite conta a história de uma noiva que sai em uma viagem com amigas para uma “despedida de solteira” onde acontecem algumas coisas inesperadas como uma noite em que ela não lembra muito bem o que fez com um estranho e também uma picada inocente de um inseto. Ela volta pra casa insegura a respeito do casamento e pra piorar tudo ela ainda perdeu a aliança na viagem. Antes de conseguir contar ao noivo como se sentia, ela começa a observar sintomas e mudanças no corpo. Primeiro uma infecção monstruosa na picada e ao longo do filme mais sintomas como audição super aguçada, pele caindo, começa a vomitar ácido e ovinhos nojentos começam a sair dela. Ela passeava com o cachorro de um vizinho idoso e depois que começou a mutação ele não quis mais sair com ela. Filmes que transformam as pessoas em coisas ou que deixam elas com doenças bizarras são meu gênero favorito de terror depois de possessão demoníaca. O diretor conseguiu misturar bem a parte psicológica dos personagens com a parte gore e nojenta do filme. Não focando somente em uma delas, pois acabaria deixando seu enredo muito raso. Posso citar outros filmes que gosto nesse estilo como Contracted (1 e 2), The Fly (1986) e Bug (2006). O começo do filme é meio chatinho e parece que vai ser mais um clichê. Mas a partir do momento em que ela volta pra casa ele começa de verdade. Eu daria uma atenção mais minuciosa aos detalhes da direção de arte do filme. O trabalho de cenário e maquiagem ficaram impecáveis. Com o passar das cenas, cada plano do filme vai ficando mais angustiante perante as transformações da protagonista. Pra quem tem estômago fraco é bom ficar preparado, mas dificilmente você estaria aqui me lendo se tivesse.

Beijos.

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The Witch – Review

  1. Oi, pessoal.

Pra essa sexta-feira 13 eu decidi indicar um filme que assistimos recentemente.

A Bruxa (The Witch) dirigido por Robert Eggers se passa na Inglaterra durante o ano de 1630, narrado pela personagem Thomasin. Uma família se muda para uma casa isolada, onde cria alguns animais e cuida de uma pequena plantação. Coisas misteriosas e sombrias começam a acontecer no decorrer do filme, como a morte da plantação da família, o comportamento malévolo dos animais e o desaparecimento de um bebê do casal.

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O filme tem uma estética muito sombria e própria. Ele não passa nem perto dos filmes de terror convencionais. O lugar, o comportamento dos personagens, a postura dos animais, a velocidade dos diálogos, a intensidade do ritmo de montagem e a crescente perturbação que atormenta o clima inteiro durante o filme mostram na prática que o terror pode ir além da receita de bolo onde o espectador já consegue esperar o que vai acontecer e o que pode acontecer somente pelo crescente e decrescente da trilha sonora ou do movimento de câmera. O filme é pesado em todos os aspectos, desde a sua narrativa até a própria locação. Quando me refiro a pesado, não estou me referindo a ser um lugar sombrio, assustador ou qualquer outra coisa que se assemelhe a locais obscuros. Não é. Ele é realmente pesado, há um peso no ar durante o filme inteiro e é aconselhável que se esteja entregue ao clima que ele traz; por isso indico que não assista a esse filme comendo ou fazendo qualquer outra coisa que te tire a atenção de algum modo, porque ele não pretende te prender. Ele é convidativo, tudo nele convida, mas nada te prende. E isso é o que deixa tudo mais interessante nele. A floresta que envolve a casa da família, principalmente durante a noite, se torna o elemento central de mistério e apreensão. Não vamos falar sobre sustos e suspenses pré definidos e compactados do terror convencional porque isso já foi bastante discutido desde o seu lançamento. Porém, diferentemente disso podemos afirmar que ele tem uma intensidade muito, mas muito mais assustadora e perturbadora do que qualquer outro filme recente do gênero. Ele próprio, em todo o seu enredo, é originalmente e envolventemente perturbador. Não é um filme pra matar a tua vontade de chocar. Ele não é chocante, não tem uma linha pré definida do clímax e não vai te preparar pra nada. Ele não tem essa pretensão. A trilha é arrepiante e algumas cenas arrepiam a espinha. Não por susto ou por espanto. Ele dá medo. Ele te transporta a um universo mais macabro e a um mistério desolador. Ele não se embasa na superficialidade do terror, que pra chocar e assustar, precisa ser excentricamente superficial e raso. Porque é anestésico. The Witch não tem essa pretensão. A maior pretensão desse filme é a densidade profunda a qual ele te transporta. E isso é muito mais do que um modelo pré meditado de suspense ou do gênero cinematográfico que tem como base central a elevação e a decadência do clímax a todo o momento durante o filme. O filme começa no clímax e termina com esse clímax, de forma sutil e envolvente. Esse é o charme e a beleza primordial dele: o mistério como base narrativa, não como base secundária para o clímax, mas como essência para toda a trama.

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“Black Phillip, Black Phillip
A crown grows out his head,
Black Phillip, Black Phillip
To nanny queen is wed.
Jump to the fence post,
Running in the stall.
Black Phillip, Black Phillip
King of all.

Black Phillip, Black Phillip
King of sky and land,
Black Phillip, Black Phillip
King of sea and sand.
We are ye servants,
We are ye men.
Black Phillip eats the lions
From the lions’ den.”

The Visit – Review

Oi, pessoal.

Sempre assisto vários filmes no fim de semana, mas só posto aqui os que eu acho que valem a pena indicar.

Ontem, um dos filmes que assistimos nos surpreendeu porque fazia muito tempo que eu não levava susto com filmes. Do mesmo diretor de “O Sexto Sentido”, (Shyamalan) The Visit é um filme no formato Found Footage, (o que trouxe um ar bem interessante ao filme e funcionou extremamente bem com o que se propôs) que nos faz parecer que o tempo todo é filmado por dois irmãos que são os protagonistas.

Becca e Tyler, que são os dois irmãos, estão indo passar uma semana na casa dos avós que eles nunca viram porque a mãe saiu de casa durante a adolescência e nunca mais teve contato com os pais. Porém, desde o início da estadia os irmãos começam a perceber situações e comportamentos muito estranhos nos seus avós.tumblr_o404giJgFL1qi5n7no1_1280Pra gente, o mais interessante no filme além do enredo da história, por somar dois perfis que particularmente são os mais delicados para terror: a infância e a velhice; é a forma que ela é conduzida. O filme nos traz a sensação de que o tempo todo ele está sendo filmado com um único propósito: ser parte de um documentário dirigido pela irmã mais velha.

O mais interessante é que o filme permanece com uma qualidade de imagem, luz e cor muito boas e nada que se renda esteticamente ao estilo found footage além da sua linguagem. Então nada disso quebra o clima cinematográfico tradicional ou se arrasta em demasia como algumas pessoas sentem ao se depararem com filmes desse formato (se alguém tem preconceito com filmes nesse estilo seria legal dar uma chance a esse, pois ele nada tem a ver com o found footage convencional). Ao contrário do que é esperado, o estilo documental do filme humaniza mais ainda a reação dos protagonistas e a atuação dos atores, mas sem o ar de amadorismo que geralmente é a característica primordial do formato. O que também chama a atenção é como o filme consegue trabalhar com humor, (por mais clichê que seja o comportamento do irmão mais novo, ele consegue tirar muitas risadas e cativar ao mesmo tempo) sem perder em momento algum o propósito com o terror. O que é bastante difícil, porque geralmente o humor nos filmes de terror acaba por transformar o filme numa porcaria. E se alguém precisa de mais um motivo pra dar uma chance ao filme, lá vai: é um daqueles filmes com o final imprevisível. Geralmente a gente já tem uma ideia de como a trama do filme vai se encaminhando, mas aqui nós estamos lidando com o cara que fez o Sexto Sentido, e por mais que não seja nem metade do quão envolvente o filme seja, ele nos traz o filme todo novamente pela cabeça, desde o seu início, pra podermos digerir melhor o seu final.tumblr_o37qp3Pr6U1u8vtiuo1_r1_1280tumblr_o45blq2bnj1vnclugo1_500

Beijos.

 

Débora e Luca.

Southbound – Review

Southbound

Dos criadores de V/H/S, é uma antologia de 5 curtas e em todas elas as pessoas acabam descobrindo que estão presas no inferno. Eu achei bem agradável de assistir principalmente porque vai de pactos satanistas até cenas que me lembraram muito Twilight Zone (o curta do hospital, por exemplo). E mesmo as histórias que não são tão boas não são ruins ao todo também e tem algo a oferecer. A trilha sonora oitentista é a chave de ouro do filme e ajuda a nos transportar pro estilo movie road que ele tem. Com uma pegada um pouco diferenciada dos filmes de terror, cada curta é dirigido por um diretor, mas todos são entrelaçados um no outro de alguma forma, criando um ciclo finalizado pelo mesmo curta que dá início ao filme, Southbound merece uma atenção, principalmente pra quem gosta do gênero.

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Deixem comentários dizendo o que acharam do filme.

Beijos.