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Criadora de conteúdo de Santa Catarina, apaixonada por gatos, gastronomia, flmes de terror, séries, moda, maquiagem, livros e beleza no geral.

Débora Cechetto
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Silence is the loudest scream: We Are Still Here – Review

Oi pessoal, tem uma coisa que sempre acontece comigo: eu começo a assistir um filme e por algum motivo pauso ou paro de assistir e depois esqueço de continuar ou vou deixando de lado e nunca mais.
Ontem tava procurando filmes para assistir e lembrei de We are Still Here. Mais um filme que comecei e não terminei. Resolvi terminar e fiquei frustrada por não ter feito antes. Para os amantes dos filmes italianos como eu, esse filme é um prato cheio. Apesar de não ser italiano, é quase uma homenagem ao Fulci, em The House by the Cemetery.

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Dirigido por Ted Geoghegan, é um thriller meio retrô de casa amaldiçoada, mas com uma pitada a mais de violência e sangue. A história do filme é clichê: uma família lida com a perda do filho e o período de aceitação do casal, (Andrew Sensenig e Barbara Crampton, conhecida por ter feito o clássico Re-animator) que acabou de se mudar para uma casa nova com o intuito de um novo começo. O filme tem uma atmosfera de filmes de terror mais antigos, mas com uma vibe bem mais violenta (que é o que mais o diferencia).

Qualquer amante de filme de terror sabe que quando o filme começa com os personagens se mudando para uma nova casa, nada de bom pode ser esperado. A gente já sabe que o protagonista é a casa. Ou o que está nela.

Beijos.

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Starry Eyes – Review


Oi, pessoal.

Ontem postei um pequeno trecho de um filme no Twitter e disse que se fosse bom eu recomendaria aqui no Blog.

O filme se chama Starry Eyes (2014) e conta a história de Sarah, uma atriz que, como muitas tem o sonho de ser famosa e vive uma vida cercada de pessoas que ela não se identifica, trabalhando infeliz numa lanchonete para se manter enquanto esperançosamente busca ser chamada para um papel importante num filme.

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Starry Eyes, que está disponível na Netflix, é um terror que une dois extremos em um filme: começando por um conflito psicológico e posteriormente englobando uma estética gore. O que mais chama a atenção no filme, além da mudança física e psicológica da personagem central, é o mix de referências que é possível identificar. Ele nos remete de relance à Cidade dos Sonhos, de David Lynch, principalmente pela relação misteriosa e sutilmente simbólica entre os personagens (protagonista, a direção de atores, produtor), nos lembrando de O Bebê de Rosemary do Polanski nas cenas finais, com uma pegada mais visceral e sangrenta. Sem sombra de dúvidas o mais interessante do filme é como ele vai de um extremo a outro, atingindo tanto diretamente da atuação da protagonista quanto pelo ritmo fílmico, narrativo e nos cortes de câmera. Num determinado momento a gente percebe que se trata de um Thriller ou no máximo um terror psicológico, até que o filme se torna muito mais pesado, sanguinolento e com referências explícitas de trash e gore. Pelo que notamos o filme é muito pouco falado e que foi até um tanto quanto ignorado, mas ao todo está longe de ser considerado um filme ruim para o que se propõe ao gênero; embora também não se aprofunde muito cinematograficamente.

O filme é dirigido por dois diretores: Dennis Widmyer e Kevin Kolsch. Algumas cenas são muito boas, ainda mais pra quem curte muito sangue (o que inicialmente a gente nem imagina que vá se desenrolar durante o filme), a atuação da atriz protagonista Alex Essoe está muito boa, principalmente pela composição do personagem que dialoga com a ideia metalinguística do roteiro, trazendo um contraste grande na postura do mesmo, e pra quem gosta da pegada de rituais satânicos dos filmes antigos é um prato cheio. Detalhe pra trilha sonora que também é ótima.

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Se assistirem comentem ou se já assistiram, também. Beijos.

Débora e Luca

Making a Murderer

Oi pessoal, passei aqui hoje pra indicar um documentário da Netflix que assisti e fiquei completamente vidrada e viciada.

Making a Murderer conta a história real de Steven Avery que passou 18 anos na cadeia por um crime violento que ele não cometeu. E quando ele finalmente é inocentado, não acaba por aí. São 10 episódios que te deixam completamente confuso e hipnotizado se questionando o tempo inteiro. Eu senti uma mistura de raiva e tristeza durante todos os episódios. Quase morri do coração. É tudo ambíguo e questionável. Tem horas que realmente dá um puta nó na cabeça. Mostra direitinho como o sistema às vezes esquece do seu real objetivo que é fazer justiça e procurar por verdadeiros culpados. Recomendo muito. É da Netflix.

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(Tenho uma página no facebook agora pro blog, quem quiser curtir está aqui.)

Deixem comentários sobre o documentário. Beijos.

 

Chilling Visions: 5 Senses of Fear – Qual o seu sentido mais aguçado?

Oi pessoal, ultimamente as antologias estão voltando com tudo e fim de semana assisti Chilling Visions: 5 Senses of Fear e resolvi indicar pra vocês. No meu post antigo de lista de séries eu indiquei Masters of Horror que é uma obra prima pra mim e recomendo muito. Também já recomendei ABCs of Death e V/H/S que são do mesmo estilo.

Chilling Visions: 5 Senses of Fear é composto por 5 curtas de horror dirigidos por 5 cineastas diferentes e cada um deles foca de uma forma bizarríssima em cada um de nossos sentidos. O primeiro curta “Smell” foi dirigido por Nick Everhart e conta a história de um homem aparentemente infeliz e fracassado na vida que ganha de uma mulher que aparece misteriosamente em sua casa um perfume que “atrai” sucesso. Acho que já dá pra deduzir que isso é jogar merda no ventilador, né? Na hora eu já pensei naquelas propagandas de perfumes em que a pessoa usa e do nada vira dona do mundo.

O segundo curta “See” foi dirigido por Miko Hughes e conta a história de um oftalmologista louco que rouba as memórias das pessoas através de um líquido que retira dos olhos delas. Ele consegue ver tudo que acontece com elas e o que elas fazem e pinga nos próprios olhos pra ficar drogado. Ele acaba ficando obcecado por uma paciente e tudo fica totalmente mais doentio e fora de controle.

O terceiro curta “Touch” (meu favorito) foi dirigido pela Emily Hagins e conta a história de um garoto cego que sofre um acidente de carro com os pais e precisa ir sozinho buscar ajuda no meio da floresta e acaba encontrando um serial killer. As coisas que o menino faz para sobreviver são sensacionais e foi um dos únicos que eu realmente consegui sentir de verdade a importância do sentido.

O quarto curta “Taste” dirigido por Eric England e foi um dos que eu menos gostei mas gostei mesmo assim. Conta a história de um homem que foi fazer uma entrevista de emprego sem saber exatamente sobre o que era. Quando soube não quis aceitar e descobriu da pior maneira que sua chefe era uma devoradora de homens. As cenas são muito boas. Eu quero aquela máscara.

O quinto curta e meu segundo favorito “Listen” dirigido por Jesse Holland e Andy Mitton é no estilo found footage e conta a história de dois documentaristas que estão gravando sobre uma música de piano que deixa todo mundo que a escuta totalmente insano ou morto.

Uma das coisas que mais gostei no filme é que ele serve muito como crítica social principalmente no primeiro curta que aborda o Cheiro (Smell) e no quarto que aborda o Paladar (Taste). Todos eles têm ligação entre si mas só nos últimos começa a ficar mais notável.

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Assistam e depois me contem o que acharam. Beijos.

 

Are you living in the real world? – Coherence – Review

Oi, pessoal. Hoje passei aqui pra indicar um dos melhores filmes que assisti ultimamente. É de ficção científica e explora bastante a física quântica atráves de lapsos temporais. Não posso deixar de citar filmes que exploram esse tema como Back to the Future (1985) e The Butterfly Effect (2004).

Do diretor James Ward Byrkit, Coherence (2013) conta a história de um grupo de amigos que estão em um jantar enquanto um cometa passa pela Terra. A trama me deixou muito envolvida desde o começo e me senti como se fizesse parte da história. Ele é filmado praticamente em um só espaço e explora a teoria das realidades paralelas de um jeito tão bom que eu não sei nem o que dizer. Não é preciso um conhecimento na área pra ficar completamente intrigado com o filme. Ele deixa qualquer um num estado de confusão mental fora do comum. Impossível não se questionar se você é você, se você está na realidade certa ou se as pessoas que estão perto de você são de outra realidade. Me lembrei bastante de Fringe e Twilight Zone também. O filme também explora de uma forma muito boa a experiência imaginária do gato de Schrödinger. Quem é viciado em ficção científica e adora um filme que deixa um nó no cérebro não pode perder.

Trailer aqui.

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Beijos.