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The Visit – Review

Oi, pessoal.

Sempre assisto vários filmes no fim de semana, mas só posto aqui os que eu acho que valem a pena indicar.

Ontem, um dos filmes que assistimos nos surpreendeu porque fazia muito tempo que eu não levava susto com filmes. Do mesmo diretor de “O Sexto Sentido”, (Shyamalan) The Visit é um filme no formato Found Footage, (o que trouxe um ar bem interessante ao filme e funcionou extremamente bem com o que se propôs) que nos faz parecer que o tempo todo é filmado por dois irmãos que são os protagonistas.

Becca e Tyler, que são os dois irmãos, estão indo passar uma semana na casa dos avós que eles nunca viram porque a mãe saiu de casa durante a adolescência e nunca mais teve contato com os pais. Porém, desde o início da estadia os irmãos começam a perceber situações e comportamentos muito estranhos nos seus avós.tumblr_o404giJgFL1qi5n7no1_1280Pra gente, o mais interessante no filme além do enredo da história, por somar dois perfis que particularmente são os mais delicados para terror: a infância e a velhice; é a forma que ela é conduzida. O filme nos traz a sensação de que o tempo todo ele está sendo filmado com um único propósito: ser parte de um documentário dirigido pela irmã mais velha.

O mais interessante é que o filme permanece com uma qualidade de imagem, luz e cor muito boas e nada que se renda esteticamente ao estilo found footage além da sua linguagem. Então nada disso quebra o clima cinematográfico tradicional ou se arrasta em demasia como algumas pessoas sentem ao se depararem com filmes desse formato (se alguém tem preconceito com filmes nesse estilo seria legal dar uma chance a esse, pois ele nada tem a ver com o found footage convencional). Ao contrário do que é esperado, o estilo documental do filme humaniza mais ainda a reação dos protagonistas e a atuação dos atores, mas sem o ar de amadorismo que geralmente é a característica primordial do formato. O que também chama a atenção é como o filme consegue trabalhar com humor, (por mais clichê que seja o comportamento do irmão mais novo, ele consegue tirar muitas risadas e cativar ao mesmo tempo) sem perder em momento algum o propósito com o terror. O que é bastante difícil, porque geralmente o humor nos filmes de terror acaba por transformar o filme numa porcaria. E se alguém precisa de mais um motivo pra dar uma chance ao filme, lá vai: é um daqueles filmes com o final imprevisível. Geralmente a gente já tem uma ideia de como a trama do filme vai se encaminhando, mas aqui nós estamos lidando com o cara que fez o Sexto Sentido, e por mais que não seja nem metade do quão envolvente o filme seja, ele nos traz o filme todo novamente pela cabeça, desde o seu início, pra podermos digerir melhor o seu final.tumblr_o37qp3Pr6U1u8vtiuo1_r1_1280tumblr_o45blq2bnj1vnclugo1_500

Beijos.

 

Débora e Luca.

O Assassino Terrivelmente Lento com a Arma Extremamente Ineficiente

Oi pessoal, passei pra deixar esse curta imitando o trailer de um filme. Morri de rir. O cara com a colher é a depressão e o perseguido sou eu. Assistam por aqui mesmo.

E ah, tem vídeo novo no canal. Se inscrevam lá. Link aqui.

Beijos.

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Southbound – Review

Southbound

Dos criadores de V/H/S, é uma antologia de 5 curtas e em todas elas as pessoas acabam descobrindo que estão presas no inferno. Eu achei bem agradável de assistir principalmente porque vai de pactos satanistas até cenas que me lembraram muito Twilight Zone (o curta do hospital, por exemplo). E mesmo as histórias que não são tão boas não são ruins ao todo também e tem algo a oferecer. A trilha sonora oitentista é a chave de ouro do filme e ajuda a nos transportar pro estilo movie road que ele tem. Com uma pegada um pouco diferenciada dos filmes de terror, cada curta é dirigido por um diretor, mas todos são entrelaçados um no outro de alguma forma, criando um ciclo finalizado pelo mesmo curta que dá início ao filme, Southbound merece uma atenção, principalmente pra quem gosta do gênero.

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Deixem comentários dizendo o que acharam do filme.

Beijos.

Silence is the loudest scream: We Are Still Here – Review

Oi pessoal, tem uma coisa que sempre acontece comigo: eu começo a assistir um filme e por algum motivo pauso ou paro de assistir e depois esqueço de continuar ou vou deixando de lado e nunca mais.
Ontem tava procurando filmes para assistir e lembrei de We are Still Here. Mais um filme que comecei e não terminei. Resolvi terminar e fiquei frustrada por não ter feito antes. Para os amantes dos filmes italianos como eu, esse filme é um prato cheio. Apesar de não ser italiano, é quase uma homenagem ao Fulci, em The House by the Cemetery.

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Dirigido por Ted Geoghegan, é um thriller meio retrô de casa amaldiçoada, mas com uma pitada a mais de violência e sangue. A história do filme é clichê: uma família lida com a perda do filho e o período de aceitação do casal, (Andrew Sensenig e Barbara Crampton, conhecida por ter feito o clássico Re-animator) que acabou de se mudar para uma casa nova com o intuito de um novo começo. O filme tem uma atmosfera de filmes de terror mais antigos, mas com uma vibe bem mais violenta (que é o que mais o diferencia).

Qualquer amante de filme de terror sabe que quando o filme começa com os personagens se mudando para uma nova casa, nada de bom pode ser esperado. A gente já sabe que o protagonista é a casa. Ou o que está nela.

Beijos.

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Starry Eyes – Review


Oi, pessoal.

Ontem postei um pequeno trecho de um filme no Twitter e disse que se fosse bom eu recomendaria aqui no Blog.

O filme se chama Starry Eyes (2014) e conta a história de Sarah, uma atriz que, como muitas tem o sonho de ser famosa e vive uma vida cercada de pessoas que ela não se identifica, trabalhando infeliz numa lanchonete para se manter enquanto esperançosamente busca ser chamada para um papel importante num filme.

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Starry Eyes, que está disponível na Netflix, é um terror que une dois extremos em um filme: começando por um conflito psicológico e posteriormente englobando uma estética gore. O que mais chama a atenção no filme, além da mudança física e psicológica da personagem central, é o mix de referências que é possível identificar. Ele nos remete de relance à Cidade dos Sonhos, de David Lynch, principalmente pela relação misteriosa e sutilmente simbólica entre os personagens (protagonista, a direção de atores, produtor), nos lembrando de O Bebê de Rosemary do Polanski nas cenas finais, com uma pegada mais visceral e sangrenta. Sem sombra de dúvidas o mais interessante do filme é como ele vai de um extremo a outro, atingindo tanto diretamente da atuação da protagonista quanto pelo ritmo fílmico, narrativo e nos cortes de câmera. Num determinado momento a gente percebe que se trata de um Thriller ou no máximo um terror psicológico, até que o filme se torna muito mais pesado, sanguinolento e com referências explícitas de trash e gore. Pelo que notamos o filme é muito pouco falado e que foi até um tanto quanto ignorado, mas ao todo está longe de ser considerado um filme ruim para o que se propõe ao gênero; embora também não se aprofunde muito cinematograficamente.

O filme é dirigido por dois diretores: Dennis Widmyer e Kevin Kolsch. Algumas cenas são muito boas, ainda mais pra quem curte muito sangue (o que inicialmente a gente nem imagina que vá se desenrolar durante o filme), a atuação da atriz protagonista Alex Essoe está muito boa, principalmente pela composição do personagem que dialoga com a ideia metalinguística do roteiro, trazendo um contraste grande na postura do mesmo, e pra quem gosta da pegada de rituais satânicos dos filmes antigos é um prato cheio. Detalhe pra trilha sonora que também é ótima.

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Se assistirem comentem ou se já assistiram, também. Beijos.

Débora e Luca