Midsommar (O mal não espera a noite) – Review

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Oi!


Demorei mas finalmente vim falar sobre esse filme. Desde que foi anunciado, fiquei ansiosa por ser do mesmo diretor de Hereditário. Também por isso, eu já sabia que não seria um filme para qualquer pessoa e dividiria muitas opiniões.

Midsommar (2019) – Ari Aster traz de volta sua narrativa bizarra e alguns elementos que já estavam presentes em Hereditário, como um culto pagão e uma trama que foca nos dramas pessoais e trágicos da sua protagonista (que logo no começo do filme já sofre um trauma forte, além de ter alguns transtornos como ansiedade e depressão e estar claramente numa relação tóxica) até que a realidade começa a se mesclar com o absurdo e chega no mais puro horror nos levando a uma viagem psicodélica dentro de uma espiral de excentricidades. Não há nada de sustos o tempo inteiro nem muitas mortes (o que pode frustrar quem espera um terror tradicional), o diretor se preocupa mais em chocar então espere cenas e situações incômodas e perturbadoras que vão te gelar a alma. É um filme fora da caixa, a maioria das cenas acontecem em uma comunidade Sueca e se passam em plena luz do dia (o que já é bem diferente do que estamos acostumados no gênero Horror) e prova que o mal realmente não espera a noite. Fotografia impecável, um dos filmes visualmente mais bonitos que já assisti. A construção dos personagens é perfeita e a Florence Pugh levou o elenco inteiro nas costas com a sua atuação (senti a dor dela em todos os momentos, um perfeito retrato da depressão e ansiedade e de como as pessoas próximas lidam com isso). Um belo exemplo de como Aster consegue dirigir os atores perfeitamente e extrair o máximo deles em momentos de insanidade, tortura psicológica, terror, superação e dor. Mais um filme que penetra no seu psicológico e que se você não assistir com bastante atenção, talvez precise assistir mais de uma vez para captar todas as camadas e simbologias. O ritmo é um pouco lento, mas é denso e visceral. Totalmente imersivo.

Procurem pela versão do diretor que é ainda melhor. Recomendo.

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até a próxima.

 


4 Comments on “Midsommar (O mal não espera a noite) – Review

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